Categorias

Diferença entre insumo farmacêutico ativo, remédio, medicamento e produtos derivados de cannabis

Insumo farmacêutico ativo, remédio, medicamento e produtos derivados de cannabis possuem terminologias e significados diferentes.

Você sabe a diferença entre cada um deles?

Este texto tem por finalidade esclarecer as dúvidas mais recorrentes envolvendo todas estas terminologias.

Assim sendo, pretendemos demonstrar os conceitos e diferenças destas nomenclaturas.

Insumo farmacêutico ativo – IFA

Trata-se de uma substância química ativa, fármaco, droga ou matéria-prima que tenha propriedades farmacológicas com finalidade medicamentosa.

Deve ser utilizada para diagnóstico, alívio ou tratamento e empregada para modificar ou explorar sistemas fisiológicos ou estados patológicos, em benefício da pessoa na qual se administra.

Em outras palavras, é qualquer substância introduzida na formulação de uma forma farmacêutica que, quando administrada em um paciente, atua como ingrediente ativo.

Tais substâncias podem exercer atividade farmacológica ou outro efeito direto no diagnóstico, cura, tratamento ou prevenção de uma doença, podendo ainda afetar a estrutura e funcionamento do organismo humano.

Assim sendo, os insumos farmacêuticos representam o início da cadeia produtiva da indústria farmacêutica.

Concluindo, é princípio ativo ou componente farmacologicamente ativo destinado ao emprego no medicamento.

Remédio

Remédio é o termo usado para definir qualquer tipo de cuidado que se tenha com o paciente com a finalidade de curar ou aliviar os sintomas de uma enfermidade.

Portanto, não precisa necessariamente ter passado por controle de qualidade, segurança e eficácia que se faz necessário para os medicamentos, podendo ser, inclusive, caseiro.

Assim, podemos citar como exemplo de remédios as várias técnicas e produtos, como o conhecido banho quente, uma massagem, uma compressa quente ou fria, o tradicional chá feito em casa e repouso.

Além disso, entra nessa definição recomendações saudáveis, como hábitos alimentares e a prática de atividades físicas.

Cumpre esclarecer que todos os medicamentos também são remédios, mas nem todos remédios são medicamentos.

Medicamentos

Medicamentos são produtos especiais elaborados com a finalidade de diagnosticar, prevenir, curar doenças ou aliviar seus sintomas, sendo produzidos a partir de rigoroso controle técnico para atender às especificações determinadas pela ANVISA.

O efeito do medicamento se deve a uma ou mais substâncias ativas com propriedades terapêuticas reconhecidas cientificamente, que fazem parte da composição do produto, denominadas fármacos ou princípios ativos.

Os medicamentos, para receber esta classificação, devem atender a normas rígidas para poderem ser utilizados que vão desde a sua pesquisa e desenvolvimento, até a sua produção e comercialização.

Segundo definição da ANVISA, os medicamentos servem para:

I – Alívio dos sintomas – diminuem ou eliminam sintomas (dor, febre, inflamação, tosse, coriza, vômitos, náuseas, ansiedade, insônia, etc), mas não atuam nas causas.

É preciso ter cuidado, pois ao aliviar os sintomas, o medicamento pode mascarar a doença, dando a falsa impressão de que o problema foi solucionado.

Por isso, antes de usá-lo, é importante consultar o médico e o farmacêutico.

II – Cura das doenças – eliminam as causas de determinada enfermidade, como infecções ou infestações.

Tem-se como exemplos: antibióticos, anti-helmínticos (medicamentos contra vermes), antiprotozoários (medicamentos contra malária, giardíase e amebíase).

Também são utilizados para corrigir alguma função corporal deficiente como, por exemplo, os suplementos hormonais, vitamínicos, minerais, enzimáticos, dentre outros.

III – Prevenção de doenças – auxiliam o organismo a se proteger de determinadas doenças.

Alguns exemplos são: soros, vacinas, antissépticos, complementos vitamínicos, minerais e enzimáticos, profiláticos da cárie, etc.

IV – Diagnóstico – auxiliam na detecção de determinadas doenças, além de avaliar o funcionamento de órgãos. Neste grupo estão, por exemplo, os contrastes radiológicos.

Assim, os medicamentos são substâncias ou preparações elaboradas em farmácias (medicamentos manipulados) ou indústrias (medicamentos industriais), que devem seguir determinações legais de segurança, eficácia e qualidade.

Plantas medicinais e medicamentos fitoterápicos

As plantas medicinais são utilizadas há milhares de anos na medicina popular de diversos povos, como remédios para auxiliar nos problemas de saúde, normalmente na forma de chás e infusões.

Também são usados pela medicina atual como base para a produção dos medicamentos fitoterápicos.

Assim, as plantas medicinais são espécies vegetais que possuem em sua composição substâncias que ajudam no tratamento de doenças ou que melhorem as condições de saúde das pessoas.

Já os medicamentos fitoterápicos são produtos industrializados obtidos a partir das plantas medicinais.

Produtos derivados de cannabis

A ANVISA aprovou, através da RDC Nº 327/2019, normas que “Dispõe sobre os procedimentos para a concessão da Autorização Sanitária para a fabricação e a importação, bem como estabelece requisitos para a comercialização, prescrição, a dispensação, o monitoramento e a fiscalização de produtos de Cannabis para fins medicinais, e dá outras providências”.

Assim sendo, foi criada no país uma nova categoria chamada de “produtos derivados de cannabis”.

A medida buscou atender pacientes que podem se beneficiar desse tipo de produto e que na época não eram encontrados no mercado nacional.

O texto aprovado prevê que o comércio será feito exclusivamente por farmácias e mediante apresentação de receita médica de controle especial.

Cumpre informar que estes não são considerados medicamentos, mas sim uma categoria nova de produtos, enquadramento semelhante ao que tem sido dado no restante do mundo.

Esta providência foi tomada porque a regra para o registro de medicamentos novos ou inovadores prevê a realização de pesquisas clínicas que sejam capazes de comprovar a eficácia desses produtos, além de outros requisitos para o seu enquadramento como medicamento.

O atual estágio técnico-científico em que se encontram os produtos à base de cannabis no mundo não seria suficiente para a sua aprovação como medicamentos.

Esse enquadramento foi a solução encontrada pela ANVISA para permitir o acesso desses produtos aos médicos e pacientes.

Importante frisar que essa nova regulamentação prevê, ainda, uma revisão das regras em até três anos.

Esse é o prazo estimado pela ANVISA para que as empresas da indústria farmacêutica realizem todos os testes necessários, seguindo as rígidas normas estabelecidas para que estes produtos derivados de cannabis passem a ser considerados como medicamentos..

Logo, devem seguir a normas rígidas para poderem ser utilizados, desde a sua pesquisa e desenvolvimento, até a sua produção e comercialização.

Mantenha-se atualizado

Junte-se a nossa Newsletter

*Você pode cancelar a assinatura a qualquer momento

Materias relacionados

Mantenha-se atualizado

Junte-se a nossa Newsletter

*Você pode cancelar a assinatura a qualquer momento