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Canabidiol e autismo: saiba como o CBD pode ser seguro e eficaz

A combinação canabidiol e autismo pode parecer inusitada, mas o uso da cannabis medicinal no tratamento vem se mostrando altamente promissor.

Inclusive, já há uma série de estudos mostrando que o CBD representa uma nova esperança para uma condição médica muito presente em nossas vidas.

Considerando que uma em cada 44 crianças pode apresentar esse transtorno, podemos supor que, no Brasil, existem aproximadamente 4 milhões de autistas.

Há quem não veja o Transtorno do Espectro Autista (TEA) como doença, mas um traço do comportamento social.

Seja como for, a verdade é que pessoas autistas podem apresentar sérias dificuldades em se desenvolver, tendo em vista as barreiras que a condição causa.

Dessa forma, quem sofre de TEA precisa de acompanhamento e tratamento a fim de minimizar os impactos do transtorno em sua qualidade de vida.

Uma das soluções para isso é se manter informado e, por isso, trazemos este conteúdo

Acompanhe até o final para entender melhor as implicações do autismo e como o canabidiol pode ser usado como alternativa em um tratamento.

Canabidiol e autismo: uma nova esperança

Você sabia que, até a década de 1990, o autismo sequer era reconhecido como transtorno, vindo a ser incluído na Classificação Internacional de Doenças (CID) apenas em 1993?

Tendo sido identificado como doença tardiamente, é justificável o pouco conhecimento sobre suas causas, fatores de risco e formas de tratamento.

O que se sabe é que o autismo está fortemente ligado ao fator genético. 

Uma pista sobre essa relação foi encontrada em 2014, quando cientistas descobriram que alterações no gene TRPC6 poderiam ser uma das causas do transtorno.

Diante do pouco conhecimento, vem ganhando força na comunidade médica e entre pacientes o uso do canabidiol como alternativa para tratar do TEA.

Os resultados têm sido animadores, considerando a resposta dada por boa parte dos pacientes.

Como o canabidiol age em casos de autismo

A eficácia do CBD como recurso terapêutico em pacientes autistas é creditada à sua interação com o sistema endocanabinoide.

O cientista Raphael Mechoulam foi responsável por descobrir um sistema no corpo humano cuja função principal é regular as suas diversas atividades orgânicas, restaurando o equilíbrio homeostático.

Tendo em conta a variedade de órgãos e tecidos nos quais o CBD pode agir, a ciência vem se aprofundando nos estudos sobre seus efeitos.

No tratamento do TEA, por exemplo, ele se mostra tanto um estabilizador do humor quanto um regulador das funções neuronais.

Como usar canabidiol para autismo

No Brasil, o uso do canabidiol em tratamentos deve observar as restrições impostas pela Anvisa.

Ela determina que os medicamentos sejam administrados somente pelas vias oral ou nasal.

A forma mais difundida de uso tem sido em gotas, em dosagens variáveis.

Mas por que essa limitação? O CBD não poderia ser simplesmente injetado diretamente na corrente sanguínea?

Nesse caso, é preciso observar dois aspectos.

Um é a falta de estudos conclusivos sobre a eficácia clínica do CBD no tratamento do autismo, como sugere este estudo (em inglês).

Outro é que, limitando a forma de utilização, o governo pode fiscalizar com mais facilidade as atividades de importação, controlando assim a entrada da própria cannabis no Brasil.

Qual a dosagem de CBD recomendada?

As doses diárias de CBD variam bastante de uma pessoa para outra, sendo essa uma decisão médica.

Deve-se considerar também o grau de autismo que ela apresenta.

Para ter uma ideia, vale destacar uma pesquisa publicada na revista Scientific Reports (em inglês), da qual participou o próprio Raphael Mechoulam.

Nela, a maioria dos pacientes recebeu óleo com 30% de CBD e 1,5% de THC, três vezes ao dia, em doses de aproximadamente 83 mg.

Essa é uma dosagem experimental e que pode ser maior ou menor, conforme a fase do tratamento.

No começo, as doses tendem a ser menores, como uma espécie de teste.

Se os resultados forem positivos, a dosagem é mantida e, se não houver resposta ou elas não forem satisfatórias, aumenta-se a dosagem a critério do médico.

CDB para autismo é seguro?

Uma das preocupações entre as pessoas a respeito do canabidiol, inclusive médicos, recai sobre os riscos de apresentar efeitos adversos.

Há ainda aqueles que imaginam que possa provocar sensações parecidas com o que acontece com quem usa a cannabis recreativamente.

Com base nas pesquisas mais recentes sobre a aplicação do CBD no tratamento do autismo, nada disso se confirma.

Primeiramente, porque o efeito psicoativo da cannabis não é causado pelo CBD, mas por outra substância ativa presente, o THC.

Aliás, o THC também pode compor a fórmula de um medicamento, mas em proporções seguras, de modo a não causar qualquer alteração psicomotora.

Isso sem contar os raros efeitos adversos relatados pelos que já utilizaram o canabidiol, que age de forma natural no organismo, via sistema endocanabinoide.

Quais os efeitos colaterais?

Os poucos efeitos adversos do CBD, em geral, têm relação com o tipo de óleo que é administrado.

Ele pode ser de espectro amplo, quando contém todos os fitocanabinoides da cannabis, exceto o THC.

Já os de espectro isolado são compostos por 99% de CBD, sendo por isso um tipo de óleo mais puro.

Essa breve explicação é para alertar sobre a relação dos raros (mas possíveis) efeitos colaterais do canabidiol ao formato como é ingerido.

Os cientistas acreditam que quanto mais completo ele for, menores serão os riscos.

Assim, dependendo do caso, a melhor indicação é o óleo de espectro completo, que contém uma dose mínima de THC.

Essa redução dos efeitos adversos se relaciona com o chamado efeito entourage, pelo qual o canabidiol aumenta sua eficácia quando ingerido junto com outros compostos da cannabis.

Pode causar dependência?

Além dos poucos efeitos adversos, o CBD apresenta um risco ainda mais reduzido de causar dependência química.

Pelo contrário, a ciência vem inclusive se debruçando sobre o estudo do canabidiol no combate a essa condição.

Uma evidência disso está em uma revisão de literatura conduzida pela Universidade de Montreal (em inglês), que identifica o CBD como coadjuvante no tratamento da dependência de opioides.

Embora haja poucos estudos sobre um potencial risco de dependência pelo CBD, há pesquisas que apontam para dosagens seguras.

É o que sugere esta atualização sobre o canabidiol, publicado na revista acadêmica Mary Ann Liebert (também em inglês).

De acordo com os autores Kerstin Iffland e Franjo Grotenhermen, o tratamento de dois pacientes com Transtorno Bipolar por 24 dias com 600 a 1200 mg/dia de CBD não levou a efeitos colaterais ou a indícios de dependência química.

O que é o sistema endocanabinoide?

Os diversos sistemas do corpo humano são indispensáveis à operação geral, como partes de uma máquina.

Em veículos, por exemplo, temos os sistemas elétrico, de frenagem e de transmissão, cada qual com uma função específica, atuando em sinergia com outros sistemas.

No nosso organismo, são conhecidos de longa data os sistemas nervoso, digestivo e endócrino, para ficar só nos principais.

Como vimos, o sistema endocanabinoide é um deles, cuja descoberta relativamente recente ainda motiva diversos estudos sobre o seu papel e modo de funcionamento.

Basicamente, ele é formado pelos receptores endocanabinoides, distribuídos principalmente no sistema nervoso.

Ainda que não seja tão conhecido, a ciência já sabe que sua função é atuar como um regulador dos outros sistemas.

Dessa forma, o endocanabinoide seria uma espécie de “sistema dos sistemas”, tendo por isso um papel central para o nosso bem-estar e qualidade de vida.

Qual a eficácia do canabidiol para autismo?

A ciência já sabe que o canabidiol apresenta efeitos bastante positivos no tratamento de doenças e distúrbios como a epilepsia, Alzheimer e ansiedade.

O autismo também vem sendo tratado com essa poderosa substância, apresentando altas taxas de sucesso em pacientes infantis.

Pesquisas sugerem que o canabidiol é um candidato para o tratamento do TEA, apesar de serem necessários novos estudos.

Essa linha de pensamento é compartilhada pelos pesquisadores Serap Bilge e Barış Ekici, segundo os quais, o uso de doses mais baixas de CBD parece ser promissor no tratamento de problemas comportamentais associados ao autismo.

Portanto, tudo leva a crer que não está distante o dia em que a ciência terá respostas conclusivas sobre o CBD como recurso terapêutico, principalmente em doenças comportamentais, como o TEA.

Canabidiol precisa de receita para autismo?

Como vimos, a Anvisa é o órgão do governo responsável por controlar a entrada e produção de medicamentos à base de CBD no Brasil.

A agência determina que o canabidiol só pode ser adquirido mediante apresentação de receita médica.

Isso se aplica à compra de medicamentos em território nacional e, principalmente, na importação de fármacos contendo CBD.

Sabemos que, em certos casos, a urgência pode levar pacientes, pais e familiares a buscar alternativas no mercado paralelo.

Claro que a vida e a saúde estão sempre em primeiro lugar, mas acreditamos que esse seja um risco desnecessário.

Hoje, é possível concluir o processo de importação em um período de tempo relativamente curto.

O ponto de partida não é importar o CBD, mas encontrar um médico prescritor.

Felizmente, para isso também existe uma solução, como veremos mais à frente.

Como comprar canabidiol para autismo

Além da necessidade de seguir os protocolos da Anvisa, é bom lembrar dos riscos da automedicação, que é quase uma epidemia silenciosa no Brasil.

Afinal, 77% da população brasileira usa ou já usou algum medicamento sem prescrição médica, como revela uma pesquisa do Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicada no portal G1.

O maior risco de tomar remédios sem acompanhamento de um especialista é o de desenvolver dependência química, mesmo que o produto seja de baixo potencial.

Ou seja, em vez de sanar um problema, o paciente pode estar criando outro.

Apesar da pouca oferta no Brasil, é possível comprar canabidiol para tratar do autismo com relativa rapidez e segurança pelas vias legais.

É isso que vamos mostrar a seguir.

1. Consulta e prescrição médica

O primeiro passo é consultar um médico e obter a prescrição.

Todo médico é habilitado a prescrever Cannabis medicinal, inclusive o neuropediatra, que é quem geralmente trata de pacientes autistas.

2. Autorização da Anvisa

Com a prescrição em mãos, o próximo passo é solicitar a autorização da Anvisa através do site do governo federal, no qual o processo pode ser iniciado com uma solicitação online.

Você só vai precisar apresentar os documentos exigidos para dar entrada no processo que, no caso, são a receita médica e o formulário para importação de produtos derivados de cannabis.

3. Compra e entrega

Com a autorização da Anvisa, você poderá comprar produtos de qualidade certificada e receber em sua casa.

Lembrando que, segundo o governo, só o processo de solicitação pode levar até 10 dias para ser concluído.

Some a isso os trâmites necessários para realizar a importação que, como tal, depende da agilidade do fornecedor em outro país e sua capacidade de distribuição em território brasileiro.

Como encontrar um médico prescritor?

Por ser obrigatória a apresentação de receita, um dos desafios enfrentados pelas pessoas em busca de canabidiol é encontrar um médico que prescreva o produto.

A Vikura tem como missão facilitar o acesso a esses medicamentos. Ao entrar em contato com nosso time de especialistas, poderemos indicar o melhor profissional de saúde para te auxiliar.

Conclusão

Canabidiol e autismo é assunto sério.

Considerando os atrasos psicomotores e sociais que o TEA causa, é preciso agir rápido para tratar do problema, que se manifesta na infância.

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